Friday, December 12, 2014

Peixe em Panidrom

Durante a caravana psra Panidrom, que durou meses eu e minha grande parceira Marenka, conhecemos as duas crianças pentelhas e o professorzinho mala. Perez é filho de um político aí que tava removendo a gente pra algum lugar muito bacana chamado Panidrom. Falou que ia inundar tudo mas que Panidrom era um lugar foda, cheio de mulher pelada e cachoeira. Eu fui, claro, nâo ia precisar mais fazer porra nenhum e tal. Passando pelo Rio, esbarramos com o Cara chamado Cavalo, super gente fina, e o Mela-cueca, carinha todo errado das ideias.

Perez parou por lá chamou um galerão com umas mulhé gostosa e demos um dez. Aproveitei pra tirar tirar uma graninha da galeura fazendo meu numero de cartomante, mas nem deu pra fazer muira consulta porque já era hora de partir.

Caminhamos uma caralhada de tempo, dançando, bebendo, até caí na porrada com o Mela-Mela que ficou enchendo o saco da Marenka.

Foi quando chegamos aos portões de Panidrom. Supense, comoção, festa, putaria e... que porra era aquela? Não tinha merda nenhuma naquela lugar. Umas árvores de merda e o caralho a quatro, nem água nem porra nenhum. Filho da puta do Perez tentou fugir, tinham fechado o portão, tentou fugir por cima. Agarrei o desgraçado pelas calças, e tudo que eu queria era arrancar a pele do desgraçado. Mas me segurei pra não quebrar os ossinhos. Prendemos o Perez. Só queria quebrar algo pra não quebrar o muleque.

Ajudei Marenka a colocar o muleque de cabeça pra baixo, porque o safado não parava de falar e Marenka tentou organizar as ideias. O professorzinho disse que estávamos presos, mas já sabia disso, ficou embromando um monte de parada e Marenka decidiu abrir um plenária. Tipo, sei lá, a galera fala as ideias. Marenka deu um discurso foda, não me contive de emoção, adoro essa mulhé. E o professorzinho dalou qualquer coisa de massa, o filho da puta do Perez tava querendo mandar de novo, a outra lá tava querendo homem menos homem, as criança reclamando de sede até que Mela-mela trouxe uma cabeça de boi, sei lá pra quê. Mas o que ele queria dizer é que talvez tivesse mais coisa enterrada. Atè que o carinha era bacana, coitado. As crianças ficaram de ficar vigiando, as mulhé fazendo coisa de mulhé, o Cavalo disse umas coisas sábias, deu um esporro e eu fui tentar achar o que fazer também.

Tentei contruir um radio fuckin master comunicador, mas ninguém do lado de fora atendia. Foda é que eu tinha escondido umas garrafas de bebida. Mas nem falei pra ninguém, guardei pra mim porque, sabe, né?, não sabíamos quanto tempo íamos ficar ali.

Os dias foram passando, ninguém atendia aquela porra, e já de saco cheio daquele povo. Passava os dias doidão, nem aabia mais do tempo. Achei uma cazinha abandonada do outro lado de umas grades. Jurava que tinha alguém ali. A gente já tinha construido uma parede com porta e pã, mas faltava um teto ainda mais foda-se. Sei que teve um dia que a Marenka me gritou, disse uma parada engraçada, e Mela foi pra cima dela porque ela partiu pra cima da mulherzinha. Tava doido pra socar alguém meti-lhe um bicão, daí o Perez vei quebrou uma porra da uma porrada na minha cabeça, daí eu tava no meu elemento, enfiando a porrada em todo mundo, foda-se se era criança, mulhé ou Marenka. O foda é que eu tenho epilepsia, né. Me emocionei de mais e foi tiro e queda. Sei que acordei com a galera me cuspindo, sabia que era coisa da Marenka e tasquei-lhe um escarradão. Foi quando vi aquela deusa, aquela beldade dançado, naquele dia eu tava fervendo, eu tava bem louco e a vadia só me atiçando. Tudo que eu queria era dar uns carinhos nela, mas era só mais uma mulherzinha., o jeito foi dar um murro. Também fiquei morrendo de dor de cabeça e fui dormir logo, precisava de um corpinho só e deitei junro da Marenka.

Uma das criança, a loirinha, me acordou desepesperada pela madrugada porque a irmã tinha sumido. Sei là, sei que corri durante horas, e minha cabeça voltando pras ideias. Será que tinha entrado alguém? Serà que ela se matou? Porra guria, era todo mundo ficar junto. Cadê a puta? O Mela-Mela? Caralho, o que eu andei fazendo? Me dei deu uma puta tristeza, sei lá. Só queria encontrar a criança, ficar todo mundo junto. Sei lá, me desculpar com a galera. Não sei. Se fuder também. A parada era achar a criança e dar um jeito de sair dali. Até que esbarrei com uma árvore muito grande. Minha cabeça girando. Achei que vi a menina. E ela tava ali. Veio todo mundo. Mas eu não via. Mas sabia que ela tava lá. A Januária viu. Sabia, eu vi também. Minha cabeça girava o Cavalo falou de passarinho. Puta! A menina morreu? Do nada, Melanias apareceu do outro lado do portão falando que ainda tinha terra. Porra, daí que minha cabeça girou mesmo. A primeira coisa que eu queria era arrancar a cabeça dele. Pô, disseram que tudo ia virar mar! Mas calma, respira e deixa o cara falar. De fato inundaram, mas tinha uns prédios e tal. Derrubaram nossa casa e construíram um monte de bagulho. Daí foi trezentos e sessenta. Mané... quando parecia que eu tava no limite... rapá... Marenka, começa a parir. Daí, sei lá. O Cavalo chamou a puta que pedia pra Marenka manter o filho dentro e eu só queria tirar a Marenka dali. O filho da minha ùnica amiga não ia nascer nesse limbo. A gente ia embora e ia tomar tudo de volta. Ia pegar fogo e botar pra fuder.

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